“I wanna wake up in that city that doesn’t sleep
And find I’m king of the hill
Top of the heap“
Ousado começar com uma música emblemática que é a cara dessa cidade. Tudo o que você deve ter ouvido ou ficou sabendo desta cidade pode realmente ser verdade. Por exemplo, a história de que Nova Iorque nunca dorme é a mais pura verdade e é incrível como é possível encontrar alguma coisa para fazer em qualquer hora do dia. Seja acordar muito cedo para correr no Central Park, até mesmo passar a madrugada em claro aproveitando o melhor da vida noturna.

Para conhecer bem esta cidade, você irá precisar calçar um sapato confortável e fazer a cobertura máxima possível caminhando. Cada espaço, cada nova esquina pode trazer uma nova emoção. Nova Iorque é cenário de vários filmes (e de algumas séries de TV) bem famosos. Pode ser que você se depare com um prédio que viu durante uma cena de Friends, ou mesmo lembrar da luta do Homem Aranha com o Dr. Octopus na Time Square.
Para quem é iniciante ou marinheiro de primeira viagem e não tem muitos dias para aproveitar, sugiro um roteiro tradicional com os principais pontos de New York. Você pode começar por Lower Manhattan e ir subindo no mapa. É por lá que está a Wall Street, a Trinity Church, o Charging Bull – famoso touro de bronze -, o novo World Trade Center, bem como o memorial criado para homenagear as vítimas do 11 de setembro. É dessa região também que partem os ferries pra Staten Island e para a estátua da Liberdade (a partir do Battery Park) e onde a famosa Broadway street e segue até a capital, Albany. Há bons lugares de compras nessa região, falarei sobre isso em outra publicação.
Um pouco mais acima, no lado leste da cidade, você encontrará a Brooklin Bridge, o que julgo dizer que seria uma das pontes mais famosas do mundo. É nessa área que acontece a queima de fogos do 4 de julho promovido pela Macy’s, uma ótima loja de departamentos e paraíso para compras. Mas é também um lugar para belas fotos. Vale atravessar para o Brooklin e fazer uma caminhada pelo parque que fica logo ao lado, o que rende belas fotos da ilha de Manhattan.

Saindo dessa região e subindo em direção ao Central Park, você encontrará parte dominada por chineses, China Town, com diversos restaurantes e comércios em que até os letreiros estão escritos em outro idioma, mas também o Little Italy, região de imigrantes italianos e famosa pelos restaurantes, Tribeca e o Soho. Este último, conhecido do mundo fashion, onde marcas e artistas famosos desenvolveram suas flagships.
Continuando o passeio, você encontra o Flatiron Building, aquela edificação em formato de fatia de queijo, o Whole Foods Market, Eataly e a NYU (universidade). Essa área é rica em cafés e opções de comidas rápidas, até por conta da proximidade dos prédios da universidade. À noite, é ponto de alguns pubs e bares como opção para uma cerveja ou assistir a um jogo, quase todos eles ambientes fechados e que exigem um documento que comprove idade para entrar. Nada no estilo brasileiro de mesas na rua, por exemplo.
Seguindo em direção ao Central Park, no lado oeste você encontra o Chelsea Market, lugar incrível inclusive para uma pausa para almoço, e o High Line Park – construído sob os trilhos de uma antiga linha de trens, a área central da cidade, incluindo a Time Square, o metro quadrado com a maior quantidade de painéis de led que você conseguirá ver em vida. Essa também é a área dos espetáculos e teatros da Broadway. Mesmo começando em Lower Manhattan, é aqui que a rua ficou famosa por ser o berço de diversos musicais.
Dica importante:
Ingressos mais baratos para espetáculos são vendidos na parte de trás da arquibancada da Time Square. Às vezes é possível conseguir entradas para espetáculos no meio da tarde e sessões menos concorridas com um preço bem menor.
É preciso também destacar que está é a área com mais atrativos turísticos. É onde você encontra prédios como o Empire State, o Chrysler Building, Grand Central Terminal, e o prédio da ONU. Além do Bryant Park (ao lado da biblioteca) que hospeda vários festivais de cinema ao ar livre. A partir desse ponto você percebe que a cidade começa a ficar mais rebuscada, com as lojas de grife da famosa 5a avenida e os prédios de classe A ocupados pelos mais afortunados.
Na 5a avenida, você encontra a Catedral de St Patrick’s, a maior dos EUA, e o Rockefeller Center: com a pista de patinação no inverno, a loja da Lego, o Top of the Rock, para ver a vista incrível do Central Park (ao norte) e do Empire State e One Tower (ao sul). É nesta área que você encontra o Moma, museu de arte moderna, vale perder algumas horas apreciando obras de artistas renomados pelo mundo.
Na esquina da 5a avenida, ao pé do Central Park, você verá a loja ícone da Apple, com o cubo de vidro e o ambiente construído no subsolo. Deste ponto mais acima, fica o Upper East Side, onde você encontra dois outros museus requisitados, o Metropolitan (vale separar um dia para ver tudo) e o Guggenheim. Do outro lado do Central Park, fica o Upper West Side, com o Museu de História Natural, o Lincoln Center, o Columbus Circle e a Juilliard School. Neste mesmo sentido, mas na parte superior, você encontra ainda a Universidade de Columbia.

O Central Park é quase um passeio exclusivo. Se você está indo no verão, verá que é a praia dos novaiorquinos. Na primavera, espaço ideal para encontros com amigos e familiares, com ambiente muito florido. Mas há quem encontre uso para o parque até no inverno, com pista de patinação. No outono, um ambiente convidativo para fotos em tons avermelhados. A dica é ir para passar um tempo e apreciar a ilha verde no mar de prédios.
Mais ao norte de Manhattan, você encontra o Harlem. A região já foi uma das mais perigosas da Big Apple, mas é famosa pelos clubes de jazz e boa música.
Inclua no roteiro de iniciante: Skylines (One World, Empire State, Top of the Rock), Estátua da Liberdade, Wall Street, Brooklin Bridge, Little Italy, Soho, Flatiron Building, Time Square, Grand Central Terminal, 5a avenida, Museus (Moma, Metropolitan e História Natural) e Parques (High Line, Bryant Park, Central Park e Battery Park).
Onde ficar: você pode optar por lugares próximos a Time Square ou bairros com boa oferta de Airbnb como a região do Chelsea, East Village ou Greenwich Village.
Mobilidade: tente ao máximo caminhar pela cidade para aproveitar. O metrô é ótima opção para fazer percursos longos – há um cartão vendido em guichês que tem duração de 7 dias e são aceitos no metrô e sistema de ônibus. No metrô, atenção para as composições, já que há linhas com opções expressas e que reduzem a quantidade de estações atendidas, as linhas locais tem paradas em todas as estações do percurso. Um ponto importante: em geral as estações têm escadas fixas o que não ajuda quem tem problemas de locomoção, neste caso os ônibus podem ser uma boa alternativa. Táxis e Uber, só na volta para o hotel e ou apartamento na madrugada, quando o trânsito não é tão caótico.
Alimentação: se aventure pelo mundo gastronômico de Nova Iorque, mas não deixa de ir ao Shake Shack (hambúrguer), Eataly, Whole Foods Market, Chelsea Market e a região de Tribeca. Ainda há muitas pizzarias espalhadas por Manhattan e alguns cafés que servem boas opções para café da manhã, almoço e jantar.
Aprecie New York sem moderação!